Choro livre, emoção, paixão e humor são sensações certíssimas ao encontrarmos Sociedade dos Poetas Mortos. Até para aquelas pessoas que realmente odeiam filmes subjetivos ou qualquer coisa que lembre ou toque no nome de poesias/poemas (CHATO CHATO CHATO!) não conseguirão ficar indiferentes. Vamos simular uma situação: um professor novo chega à escola, a expectativa de todos é grande. Mas ao chegar o horário de sua aula, ele simplesmente entra na sala assobiando, os observa e sai, pedindo para que o acompanhem (Estranho? Para esses meninos na verdade, serviu para deixá-los cada vez mais curiosos). E é o primeiro momento em que o filme te faz pensar em coisas que parecem bobinhas e sem importância ou que estavam lá e ninguém nunca notou ou parou para se perguntar “por que isto aconteceu?”. Para que eles percebam isso, o professor vai até a sala dos troféus e mostra para eles, a foto ex-alunos em um painel. E faz as seguintes perguntas: Para onde foram? O que fizeram de suas vidas? Seus momentos únicos aqui no mundo valeram a pena? Essas perguntas acabaram criando muita confusão, afinal são jovens que estavam vivendo suas monótonas vidas (muitos deles com futuros escolhidos pelos pais), se pegam pensando “será que eu vivi intensamente? Será que fiz o que era de minha vontade? Aliás, será que ELES conseguiram preencher suas vidas? Mas poxa, ele era um professor de literatura inglesa”. E ensina para eles o “carpe diem” (ou aproveite o dia), que significa pensar em todas as coisas que estão prestes a fazer para não se arrependerem depois. Carpe Diem não significa “se entregue a QUALQUER COISA SEM MEDO” até porque não é tudo que nos convém! Significa fazer algo pensando que aquilo não seja algo do qual possa se arrepender. E para que seja uma coisa que não morra naquele momento. É como se você pensasse “vou estudar para dar um futuro melhor para minha família”. É fazer algo não por obrigação, mas por vontade. Aliás, mesmo quando fizer algo por obrigação, tente ao máximo tornar aquilo uma vontade (tipo quando a mãe manda sair do jogo para ir tirar a meia do chão). Mas até aquele momento, todos eles estavam agindo feito robôs, fazendo tudo que queriam que eles fizessem. Sem vontades. Até mesmo aqueles que cometiam erros, não pensavam em que aquilo poderia os ajudar. Mas o professor chega a tempo. UFA. Além de o filme ter levado o OSCAR DE MELHOR ROTEIRO, conta com atores que adolescentes comuns podem acabar se identificando. Os alunos acabam descobrindo que o professor na verdade já estudou naquela escola e fez uma sociedade... A sociedade dos poetas mortos. Os alunos gostam da ideia e resolvem usá-la. E isso acaba mostrando pra eles coisas que eles nem sabiam que gostavam ou sabiam fazer (por exemplo, atuar). (frase do professor Keating durante o filme)
Isso só mostra que os adolescentes podem sim possuir uma personalidade muito maior do que o exterior pode demonstrar. Podem ser capazes de fazer coisas extraordinárias. O filme deixa seu clímax com uma situação que com certeza irá impactar a quem assiste. Impossível sair do filme sem aquela vontade de fazer sua vida ser marcante (ou sem o lencinho de papel). Por Thaís Batatinha.
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Agosto 2016
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